Foi uma noite quente e mágica... É estranho entrar para uma sala, para ver um concerto, e só encontrar um piano e um suporte para viola. Mas já se sabia: Rufus vinha para um "special solo", e, como diz ele, tem de fazer algum dinheiro sozinho para depois se apresentar em concertos com a orquestra toda e puder pagar a todos os músicos. A luz baixou e ele entrou. Como sempre, só ele, todo cheio de si próprio, seguro, the man show. A primeira tecla no piano e a primeira sílaba no microfone fizeram paralisar e elevar toda a sala para uma viagem muito especial. Fomos a sítios que só ele conhece e nós, por vezes, apenas passamos por alto. Desta vez entramos todos, bem rente, onde dava para sentir tudo...os sentidos despertam e arrepiam.
Ora no piano ou na viola, Rufus deu um espectáculo muito competente, sóbrio e de muita qualidade. O alinhamento foi uma total surpresa, suspeitavam-se músicas mais calmas devido às circunstâncias mas ele arriscou: afinal são as músicas novas, as que estão na comichão das mãos e lhas apetece dar corpo. O resto? O resto ficou para nós, construímo-las com o que faltava, com o que já conhecemos e não nos cansamos de ouvir.
1 comment:
Lindo texto queração!! ;)
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