Estes dias vi o filme Kinsey. Trata-se da história de um biólogo que se tornou pioneiro no estudo da sexualidade dos humanos. Numa semana onde se festeja um pouco por todo o lado o orgulho LGBT, é interessante verificar que nos anos 40, na América, o tema naturalmente causou polémica e está longe de ser consensual ainda nos dias que correm.
A questão é: o que motiva ou o que legitima a nossa sexualidade? Será a nossa fisiologia ou as questões culturais? O biólogo decidiu fazer entrevistas por toda a América, analisando vários sub-grupos, para poder traçar comportamentos comuns, o que levou à publicação do livro "Sexual Behavior in the Human Male".
Desde a masturbação às relações sexuais (antes e depois do casamento, hetero ou homossexuais) o resultado foi uma surpresa resumindo o seguinte:
A sexualidade é carregada de uma diversidade tão ampla, tão real, tão clara como: "nada-é-igual-a-nada" que só uma coisa é certa: homem + mulher = bébé. Para tudo o resto não há padrão: pessoas que tinham 20 orgasmos semanais, outros que 3 por mês era perfeito; homens e mulheres casados e com relações homossexuais paralelas; outros que faziam com animais, outros que não tinham qualquer actividade sexual sequer.
Resumindo, isto dá que pensar...dá que pensar que cada indivíduo é um "um", cada um tem a sua opinião, a sua fisiologia, a sua cor de olhos e a sua sexualidade: sua e só sua, portanto chega de rótulos, de grupos e sub-grupos: por vezes, a beleza da universalidade está na particularidade de cada um.
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